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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Devolvendo o presente - Comentario LIÇÃO 3

Confiança e dedicação (1Sm 1; 2:1-11, 21). Você poderia considerar esta família comum para sua época. Um homem, Elcana, com suas duas esposas, Penina e Ana. A Bíblia parece indicar que Elcana tolerava Penina, talvez porque ela lhe desse filhos, mas que ele amava Ana, que não lhe havia dado nenhum filho.

A figura central nesta parte da história é Ana, que era constantemente zombada por Penina de sua esterilidade. Esta história não é tanto sobre os perigos desse tipo de estrutura familiar. É sobre a fé que Ana tinha em Deus. Sua história nos lembra dAquele a quem podemos recorrer quando ninguém mais pode ajudar. Ensina-nos a importância de honrarmos os votos que fazemos a Deus. E nos mostra como devemos estar dispostos a dedicar tudo o que temos Àquele que nos deu tudo o que temos.

O melhor Amigo (1Sm 2:12, 13; Sl 46:1,10). Há ocasiões em que nossos melhores amigos, irmãs, irmãos, filhos, pais, cônjuges não podem nos dar as palavras de conforto de que precisamos. Em muitos casos, a palavra de conforto de um amigo pode aumentar nossa angústia. Em situações angustiosas, às vezes a melhor coisa que os amigos podem fazer por nós é permanecer em silêncio.

Os amigos de Jó reconheceram e permaneceram calados durante uma semana. Mas, após ouvir o clamor de Jó, finalmente lhe falaram palavras que só o angustiaram ainda mais. Elcana também não entendia o que Ana estava passando, quando lhe perguntou: “Será que eu não sou melhor para você do que dez filhos?” (1Sm 1:8). A resposta de Ana foi conversar com o Único que realmente a estava ouvindo.

Nem mesmo Eli podia reconhecer o derramamento de um coração ferido. Como os amigos de Jó, ele censurou Ana como uma pecadora indigna de se apresentar diante de Deus. Porém, com um espírito calmo e gentil, Ana respondeu ao sumo sacerdote que, movido pelo Espírito Santo, confirmou que Deus havia aprovado o pedido dela.

Leia o Salmo 46:1. Em nossos momentos mais escuros, o melhor amigo que podemos ter é Jesus. Só Ele pode dar as respostas e a cura pelas quais um coração sofredor anseia. Tudo o que precisamos fazer é tirar o problema de nossas mãos e deixar Deus resolvê-lo.

Apegando-se ao que importa (Mt 6:19, 20). Os filantropos o chamam de “doações” ou “caridade”. Os cristãos o entendem como “devolver”. Reconhecemos que Deus é Quem nos deu tudo o que dedicamos e devolvemos a Ele. O cristão sincero experimenta mais alegria em dar do que em receber. Ana ficou feliz quando deu à luz um filho. Mas isso não se comparou à alegria que ela expressou quando deu Samuel a Eli para que seu filho pudesse ministrar diante do Senhor. Leia 1 Samuel 2:1.

Deus não fica mais rico com nossos dons. Ao contrário, é o dar desprendidamente que nos leva para mais perto do Doador. É nossa disposição de continuar a devolver as bênçãos de Deus que ajuda a aperfeiçoar o caráter de Cristo em nós. “Entesourar no Céu dará nobreza ao caráter; fortalecerá a beneficência, estimulará a misericórdia; cultivará o compassivo interesse, a bondade fraternal e a caridade” (Ellen G. White, Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 193).

O dar que Deus requer não é o dinheiro que nos sobra ou o tempo que não usamos. É entregar como Ana, que voluntariamente devolveu ao Senhor o que ela mais desejava nesta Terra.

Não seja avarento (Lc 12:15-21; 21:1, 2). Deus permite que alguns acumulem muito e outros ganhem pouco. Não importa o muito ou o pouco que tenhamos acumulado, todos temos a mesma responsabilidade.

Um dia, quando Jesus estava assentado no templo, observou os judeus que vieram depositar suas doações no tesouro do templo. Primeiro vieram os ricos, que depositaram suas custosas ofertas. Depois chegou uma viúva, que depositou apenas duas moedinhas. Leia o que Jesus disse sobre esses dois tipos de oferta (Lucas 21:1, 2). Jesus desejava que Seus discípulos compreendessem que não é o valor terreno de nossas ofertas que mostra nosso amor por Deus. Em vez disso, é nossa disposição de devolver tudo que Ele nos deu que O torna feliz.

Em contraste com a viúva, Jesus contou a história do tico tolo que foi extraordinariamente abençoado, e, em vez de devolver a Deus nem que fosse uma pequena porção, escolheu construir celeiros maiores para abrigar sua riqueza, a fim de que todos pudessem ver quão bem sucedido ele era. “‘Contudo, Deus lhe disse: “Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou?’” (Lc 12:20). A ideia principal de Jesus é esta: as pessoas que acumulam tudo para si mesmas não terão parte em Seu reino.

Penina era como esse rico. Ela foi abençoada com muitos filhos. Contudo, em vez de dedicar seus filhos ao serviço do Senhor, escolheu usá-los para humilhar Ana. Por outro lado, Ana é como a viúva de Lucas 12. Ela escolheu devolver tudo o que Deus havia dado. Este espírito abnegado tornou-a grande aos olhos de Deus.

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